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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Máquina do Tempo Astrológica



Capricórnio e Aquário são ambos regidos por Saturno, o Senhor do Tempo, o governante supremo e governador do universo material. Capricórnio e Aquário estão diretamente opostos a Câncer e Leão e estes dois pares formam a borda mais externa e o centro mais íntimo do Santo Graal celestial. Eles são a Copa de Inverno e a Copa do verão, respectivamente. No meio do inverno a luz nasce em meio a escuridão e em pleno verão a alma é despertada quando ela passa por um batismo de água e de fogo.

Existe um símbolo antigo, o Chi-Ro, a cruz e a espada, que foi apropriado por Constantino, no século IV, como um estandarte de batalha para os exércitos Cristãos. O Chi-Ro era originalmente uma cifra ou monograma pagão, composto de duas letras Gregas, Chi (X) e Ro (P):


A cruz e a espada do Chi-Ro foi mencionada por Platão em seu Timeu como uma imagem celestial, aquela da intersecção dos dois grandes círculos dos céus, a eclíptica solar ou zodíaco e o equador celeste. Isto, de fato, forma uma cruz similar àquela da letra grega Chi. Platão sugeriu que os dois grandes círculos formam a anima mundi ou alma do mundo. O Chi-Ro significa as seis direções que compõem o Cubo do Espaço ou Cubo de Luz conhecido pelos Hermetistas:



O Cubo do Espaço é usado por muitos magistas rituais modernos, mesmo que nunca tenham ouvido falar dele! Qualquer cubo tem seis lados, formados a partir das seis direções do espaço. Quase todas as tradições têm alguma forma de marcar o círculo ritual com quatro pontos cardeais terrestres representando Norte, Sul, Leste e Oeste. Nenhum ritual mágicko é eficaz a menos que mais duas direções sejam adicionados, Acima e Abaixo, formando um eixo central de poder. É a mística "quadratura do círculo" que abre o caminho para a Gnose  ̶  a percepção direta da verdade ou Realidade para si mesmo.

O Chi-Ro pode também ser entendido como um tipo de máquina de tempo. Os dois cintos são grandes círculos, rodas no espaço que cercam a terra. O círculo é o símbolo do infinito, onde o fim está com o início e o início está com o fim. Os alquimistas somaram isso no nome AZOTH, uma secreta "substância", a luz Hermética ou fluídica. O nome AZOTH é composto pelas primeiras e as últimas letras em três idiomas: A e Z em Latim, Alfa e Omega em Grego e Aleph e Tav em Hebraico. 
Para entender a Chi-Ro como uma máquina do tempo ou uma nave para a exploração do espaço interior, primeiro temos que imaginar a Terra cercada pelo círculo do zodíaco, em seguida, adicionar o círculo do equador celeste com seu pólos Norte e Sul:

Os dois pontos de intersecção entre o equador celeste e o cinto da eclíptica formam a Chi (X) ou cruz com os eixos dos Pólos Norte e Sul, como o Ro (P) ou espada. Visualize os dois círculos girando em direções diferentes: O caminho eclíptico leva ao futuro, enquanto o caminho celeste leva para o passado. O ponto de intersecção é o Eterno Agora, o presente; é o ponto de consciência. De fato, desde que a natureza do tempo e do espaço é um continuum e não uma linha reta, como tendemos a pensar, o tempo não está realmente se movendo em qualquer lugar, para frente ou para trás, e nem nós estamos.

A ilusão do tempo se movendo para frente para o 'amanhã' com o 'ontem' recuando para trás é sustentada pela Terra girando em seu eixo enquanto simultaneamente voa em seu curso em torno do sol. A Consciência está eternamente presente; a natureza é infinita e circular, e não se move em linha reta do passado para o futuro.


© Oliver St. John - 2013
Texto originalmente publicado em HermeticLight

© Tradução de Lilia Palmeira- 2013
Revisão de Claudio Carvalho
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Oliver St. John foi instruído na Arte Hermética através de um curso experimental de cinco anos escrito por W.E. Butler, Iniciado da Fraternity of the Inner Light (Fraternidade da Luz Interior) da ocultista Dion Fortune. Na sua conclusão, aceitou a Lei de Thelema, a corrente mágica que foi descoberta através da mediunidade de Aleister e Rose Crowley. Fundou a Ordo Astri (Ordem da Estrela) faculdade Hermética em 2000 e.v., e juntou-se à Ordem Tifoniana de Kenneth Grant (anteriormente O.T.O. Tifoniana) no mesmo ano. Também trabalhou com a falecida Mary Long (autora e estudante de Dion Fortune), Gareth Knight, Dolores Ashcroft-Nowicki (co-fundadora da Servants of the Light Association – Associação dos Servos da Luz) e Lady Olivia Robertson (co-fundadora da Fellowship of Isis – Irmandade de Isis).

domingo, 10 de fevereiro de 2013

O TARÔ SOLA-BUSCA - Código secreto de alquimia



Um baralho enigmático emerge do Renascimento

Algumas cartas do Tarô Sola-Busca, pintado por volta de 1490, fielmente reproduzidas por Wolfgang Mayer em 1998 e das quais foram impressas somente 700 cópias numeradas e assinadas a mão



Um cofre mágico destinado aos adeptos das ciências herméticas.
Esquecido há mais de 500 anos, agora de volta à tona em toda a sua glória. O Tarô Sola-Busca, o código secreto da alquimia de um artista do século XV.
Nas 78 imagens de extraordinária beleza os mistérios da transmutação estão encerrados, mostrando todas as fases da criação da Pedra Filosofal.    






Quem leu o primeiro volume da série Harry Potter, ou viu o filme, recordou as aventuras do menino bruxo, que, junto com dois colegas da escola Hogwarts de magia, se opõem ao roubo da Pedra Filosofal, um objeto de enormes poderes criados pelo alquimista Nicholas Flamel. É bem conhecido que muitos dos nomes e dos elementos que são construídos em torno do livro de Joanne K. Rowling (o gênio criativo de Harry Potter) não são trazidos da fantasia, mas, na verdade, pertencem à tradição esotérica ocidental.



Esta é uma tradição em parte esquecida, para não dizer confundida com tradições que vêm de outros lugares e de outros tempos. Portanto, desperta grande emoção de vê-la reaparecer, depois de séculos de negligência, um objeto emblemático do esoterismo ocidental: o Tarô Sola-Busca, que é a representação mais marcante da Pedra Filosofal.
Emblemático porque contém os princípios fundamentais da Alquimia, l'Ars Regia, conforme definido pelos seguidores. E não são, como muitos acreditam, os segredos para transformar chumbo em ouro, mas para transformar o próprio indivíduo visto como chumbo vil para algo mais elevado e sublime: o ouro filosófico.




O Tarô Sola-Busca perfuma um autêntico mistério.
O Sola-Busca permaneceu por muitos séculos nas mãos de uma família nobre de Milão até 2008, depois de uma sugestão do superintendente do Ministério do Patrimônio Histórico e Cultural da região da Lombardia, o Estado italiano comprou o baralho de tarô (pela módica quantia de 800 000 Euros) e, em seguida, levou-o para a Pinacoteca di Brera, que em 2012 deu-lhe uma bonita exposição.




Em 1998, no entanto, um impressor alemão, Wolfgang Mayer, publicou uma versão do Tarô Sola-Busca perfeitamente idêntico ao original em termos de dimensões e cores. Essa prestigiadíssima edição foi limitada ao montante de 700 cópias numeradas à mão e uma carta extra também foi assinada pelo mesmo impressor.



Um Cofre Mágico
Os preciosos baralhos de Mayer permaneceram enterrados em sua adega, mesmo depois de sua morte, até que, em janeiro de 2013, a família deu a um revendedor do qual o professor Giordano Berti adquiriu um número discreto de cópias.
E eis que o Tarô Sola-Busca, que nos anos passados foi mau impresso por alguns editores, revive em sua magnífica beleza em uma caixa bonita feita especialmente ao nível das 78 cartas: um baralho alquimista, por certo, mas também uma extraordinária obra de arte.



O Tarô Sola-Busca, escusado será dizer, é absolutamente original na história do Tarô: é o único baralho do século XV que chegou completo até hoje, e é o único com todas as cartas (Arcanos Maiores e Menores) ilustradas com personagens em vez de símbolos e paus; pelo qual teve de se esperar até 1915, com a chegada do Tarô Rider-Waite.

Mas o aspecto mais fascinante do Tarô Sola-Busca é o conteúdo: os Trunfos retratam reis e heróis da Antiguidade greco-romana e da Bíblia. As cartas numeradas e as Figuras da Corte mesclam cenas fantásticas com episódios da vida quotidiana e alegorias alquímicas que são a chave para ler todo o baralho.



Segredos revelados?
Recentemente, o autor do Tarô Sola-Busca, foi identificado com o pintor Nicola di Maestro Antonio (Florença 1448 - Ancona 1511). O tempo de realização acredita-se ser em 1490. Não é possível saber se Nicola elaborou as 78 figuras de acordo com seu próprio desejo ou se era um trabalho comissionado. A verdade é que o baralho foi reservado para mais pessoas. Na verdade, as imagens foram gravadas com uma matriz de madeira e papel reproduzidas em um número desconhecido de cópias. A cópia, no entanto, foi enriquecida com cores vivas que vemos hoje no “baralho Mayer”.


Com relação aos significados das 78 cartas ainda é válida a interpretação “misteriosófica” desenvolvida pele estudiosa Sofia Di Vincenzo em seu livro Antigo tarô iluminado. Alquimia no Tarô Sola-Busca (Turim, 1995), precedida por uma introdução histórica do professor Giordano Berti. Com bases legais e graças às outras contribuições, se baseou através do estudo crítico Gnaccolini Paola no catálogo da exposição O segredo dos segredos. O Tarô Sola-Busca (Milão 2012).


A caixa do Tarô Sola-Busca elaborado para a edição de luxo.


A caixa inclui um resumo do trabalho de Sofia Di Vincenzo, um elemento que irá satisfazer a curiosidade dos fãs enquanto se espera para a reimpressão do livro, um reservatório opaco, de uma sabedoria luminosa.





                                      Prof. Rafael Rojas Perez, semiólogo.





Informação para compra com o curador da Obra: Giordano Berti








Analogia entre o forno alquímico de Janus Lacinius e o Caldeirão no 9 de Discos 
do Tarô Sola-Busca.
 
Nove dos Discos (ou moedas) de Tarô Sola-Busca é uma alegoria da “cozinha de iniciação”, que é uma parte da “Obra em Negro” (Nigredo). A caldeira contém sete discos (os sete metais, ou planetas, ou personagens humanos). Um outro disco é elevado e 
representa a parte volátil da matéria. Outro se encontra no fundo e é a parte pesada. O homem sob a caldeira “morre para si mesmo”, e ele vai renascer com um novo estado de consciência.



 
Sete de Discos do Tarô Sola-Busca
O Sete de Discos (ou Denier) do Tarô Sola-Busca é uma alegoria clara do "Rubedo" (A Obra em Vermelho). A operação que o homem está brincando com o fogão faz alusão aos sete graus do “Opus alchemicum”: as sete destilações (ou correções) também conhecidas como planetas, ou personagens, ou Estados do ser. O fogão que ele está ajustando não é nada mais do que o recipiente dos fogos interiores. O Falcão (ou Águia) colocado na vara representa a chamada “matéria volátil” que ao crescer deve ser purificada a partir da escória (defeitos psíquicos e espirituais). A correia que conecta as asas que envolvem os sete discos é o símbolo da "coniunctio": assim é representado em antigos tratados sobre alquimia da União harmônica entre as várias partes do ser. 


 
  



Analogia entre a iluminação do filósofo do "Rosarium Philosophorum" e o 3 de Paus
no Tarô Sola-Busca
.
O Três de Paus (ou Bastões) do Tarô Sola-Busca é uma clara alusão ao segredo: um fator indispensável no caminho da prática da alquimia (e, em geral, de todas as escolas de iniciação). A boca selada com uma grinalda representa o conhecimento adquirido de que não é divulgado. Os três paus que atravessam sua cabeça são símbolos dos três elementos fundamentais: ouro, prata e mercúrio, ou seja, mente, corpo e alma. As asas nas laterais da cabeça são o espírito mercurial que permite a elevação do iniciado para uma dimensão superior de ser.


Giordano Berti



Ás de Discos


GiordanoBerti 2013©

©Tradução de Claudio Carvalho – 2013

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