SOCIEDADE LAMATRONIKA - Página Oficial / Official Page

Photobucket - Video and Image Hosting

Translate

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Rainha Mebd - Mitologia Irlandesa



O objetivo dessas novas postagens sobre o vasto universo da Mitologia Céltica será de informar ao leitor alguns dos significados relevantes dos deuses e deusas, heróis e heroínas das nove nações célticas, distribuídas nas regiões Insulares e Continentais do Velho Mundo. As postagens serão breves e direcionadas ao leitor iniciante, e sem o contexto acadêmico, portanto, sem referência bibliográfica para fácil leitura. Espero que gostem.

©Queen Maev por Joseph Christian Leyendecker
RAINHA MEDB
O significado de Medb pode ser Intoxicante ou mesmo Inebriante, ambas as palavras estão diretamente relacionadas possivelmente ao Prazer (neste caso uma forma de Edonismo sob vários aspectos). A origem do seu nome provém do Velho Irlandês cuja pronúncia é Mɛðv. Medb anglicizado torna-se Maeve ou Maive.
Medb era o nome da rainha guerreira mítica de Connacht ou Cúige Chonnacht sendo uma das províncias da Irlanda localizada a Oeste desta. Ela teve papel de grande relevância no Ciclo de Ulster (também conhecido como Ciclo do Ramo Vermelho). No mito casou-se com Aillil mac Máta e protagonizou o famoso combate com o rei de Ulster, Conchobar mac Nessa que governava o Ulaid de Emain Macha, em Táin Bó Cúailnge (em Braziliano-Português, Expulsando o Gado de Cooley). Cooley no Velho Irlandês torna-se Cuailghe que é uma península localizada no Condado de Louth na Irlanda.
Segundo a lenda, Medb está enterrada no cume do Knocknarea, no Condado de Sligo (veja foto abaixo). Dizem que ela está enterrada em pé e de frente para os seus inimigos em Ulster. 

Cairn de Medb em Knocknarea

Belíssimo mito que é enaltecido pelo imaginário dos Irlandeses. Slán.


©Cláudio César de Carvalho aka Caliaconos Daruogenos – 2014
 

sábado, 23 de agosto de 2014

Virgem: A Lâmpada e o Cajado do Eremita




Virgem é o signo da donzela pura, o cetro inviolável  que é tudo uma maneira de encobrir com palavras e imagens uma verdade indizível. O yod, bindu, chama ou estrela-semente  que é a letra do 20º caminho  e  o trunfo IX O Eremita do Tarô , na Árvore Hermética é Hadit, o doador de Vida, o animador de todas as coisas que vivem e se movem e que têm suas existências.

Tarô de  Thoth: Atu IX – O Eremita


A imagem do Tarô representa um eremita, pois Hermes é a divindade grega que os romanos chamavam Mercúrio. Hadit é Mercúrio na mais alta ou a mais simples ou abstrata –  forma. Mercúrio é o regente planetário do signo de Virgem, e Virgem é a única no Zodíaco em que Mercúrio rege o signo e também é nele exaltado. A lâmpada do eremita é uma metáfora para a Luz Hermética, que ele oculta do mundo. Seu cajado é a energia, a Força Oculta, que ele aplica com estrita vigilância e economia de meios em direção a Grande Obra. Atrás dele está Cerberus, o cão de três cabeças do inferno. Cerberus, o filho de Typhon, funciona tanto como flagelo quanto Guardião do Portal – pois ele impede que aqueles que se tornaram enredados no submundo nunca escapem.

O caráter mundano de Virgem, o mutável signo de terra, está todo sobre as particularidades, os detalhes de cada coisa. A mente conceitual, impulsionada para a frente  pelo açoite de Hadit, ainda que jogada de volta para o abismo pelo filho de Typhon, reproduz e gera mais e mais crianças infernais. Por conseguinte a Arte Conceitual é agora a doutrina predominante nas instituições acadêmicas atuais. É um sinal ou presságio de que a mente analítica atingiu sua imersão total no reino da matéria no nível mais baixo ou mais denso.
Nesta extremidade material da mente humana, sucede a situação retratada no arcano menor do Tarô chamado Dez de Espadas. O coração ou a alma humana é dividida em fragmentos que são explodidos, queimados e espalhados através do vazio ecoante do espaço dilacerada pelo poder de divisão da espada da mente racional.

Como uma raça, ainda estamos no rescaldo da explosão da primeira bomba atômica um ponto que foi freqüentemente colocado por Kenneth Grant em suas Trilogias Tifonianas. Nós vivemos em uma época que treme diante da sombra aterrorizante do Macaco de Thoth como está retratado no trunfo do Tarô atribuído a Hermes-Mercúrio. É por isso que, em nosso primeiro trabalho publicado, optamos por utilizar os átomos e partículas físicas como uma analogia metafísica. [1] O trauma desse tremendo evento de colisão de átomos, que tenderam para muito mais além do que até mesmo a matéria física, agora continua a repercutir no plano da mente. Os telefones celulares, computadores e outros dispositivos digitais que são agora as pragas-fetiches do nosso tempo não são mais do que os veículos "particulares" de expressão para a impressão duradoura desta atrocidade atômica infernal sobre a inteligência coletiva da humanidade. Esse evento singular demonstrou que as mentes mais talentosas e sutis que a raça poderia produzir eram apenas, no final, capazes de produzir destruição em massa sem sentido, bárbara, em uma escala nunca antes imaginada.

O átomo fragmentado varre a matéria para longe em uma titanica e ultra-rápida nuvem de fogo e fumaça, mas o primeiro teste de seu desencadeado poder destrutivo rasgou o tecido do espaço e do tempo. Uma rachadura foi então aberta na delicada membrana que circunda o planeta o invisível ovo de luz que uma vez serviu como uma barreira ou um anel de não passagem contra a intrusão daqueles "De fora", como Grant denominou. É por isso que o Louco que Aleister Crowley pintou para o caminho mais alto de Aleph na Árvore Hermética usa uma máscara de loucura e horror – pois ele abriu um véu que uma vez foi esboçado com tanta firmesa para aparecer sem emenda, e, portanto, invisível aos olhos mortais. Qual é o segredo que o Louco contempla? É ele próprio que ele vê, arremessado para baixo em direção ao abismo.

A configuração de estrelas e planetas significa que nós realmente entramos em uma nova era. É uma época em que cada Iniciado deve conservar toda a sua energia e direcioná-la para a Grande Obra. Só então eles terão sucesso em elevar-se acima do que é chamado metaforicamente, "as águas da enchente do Nilo".
 _____________
Nota de rodapé Ref.
The Ending of the Words – Magical Philosophy of Aleister Crowley by Oliver St. John and Sophie di Jorio (Ordo Astri).



© Oliver St. John 2013, revisto em 2014

Texto originalmente publicado em HermeticLight
© Tradução de Lilia Palmeira- 2014
SOCIEDADE LAMATRONIKA®


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...